Governança da Inovação em empresas de TI

Governança da Inovação em empresas de TI

  • Gestão Empresarial

Podemos conceituar a Governança da Inovação como “o jeito de fazer as coisas aqui”, ou seja, a maneira como a empresa se estrutura para incentivar que todos os processos relacionados à inovação possam ser cumpridos e controlados.

Esta rotina pode passar pela definição de um departamento de pesquisa e desenvolvimento, pela flexibilidade de horários dos colaboradores, pelas paredes do ambiente de trabalho serem pintadas de cores vibrantes, pela caixa de sugestões de melhorias, etc. Independentemente das ações ou estruturas a serem criadas, elas formarão a cultura organizacional da empresa, qual definirá como os processos para inovação ocorrerão na mesma. Esta estrutura é denominada Governança da Inovação.

Quando se fala em inovação, logo pensamos em tecnologia, portanto associamos que a Governança da Inovação é mais fácil em empresas deste ramo. Mas nem sempre é assim.

A tecnologia sim, foi a grande propulsora da inovação, tornou as coisas mais rápidas e fáceis. Acelerou como fazemos e vemos as coisas.

Com o advento da internet, o surgimento das redes sociais e das empresas de crescimento exponencial – Startups, a inovação passou a ser discutida com maior profundidade e tornou-se o assunto principal em todos os setores da economia mundial. Hoje, com a tecnologia da informação, é possível ter um alto alcance e um alto poder aquisitivo ao mesmo tempo, o que não era possível há 10 anos, possibilitando, dessa maneira, a criação de novos mercados e alterando significativamente aqueles já existentes. O Facebook, com 800 milhões de usuários, é tecnicamente o terceiro país mais populoso do mundo, isto representa a mudança nas formas de consumo e de convivência, consequentemente influência também nos diferenciais competitivos que o setor empresarial precisa apresentar ao mercado.

Mas simplesmente criar uma empresa de TI, não significa que ela terá um produto ou modelo de negócios inovador. Para ser inovadora, ela precisa resolver um problema real de maneira diferente do que já existe no mercado.

A tecnologia da informação é importante para o background, o alicerce dessas novas soluções, mas não necessariamente é a matriz inovadora. Existem muitos exemplos no mercado, em que o grande diferencial é o modelo de negócios ou o próprio produto. Por exemplo, uma das empresas que apresenta um crescimento exponencial no Brasil é o Brownie do Luiz. O Luiz (agora uma empresa) vende brownie, fabrica brownies, que aparentemente são apenas bolinhos e que sua receita ainda está disponível para qualquer pessoa no seu site. No entanto, a maneira como a empresa faz sua comunicação, faz com que o público se apaixone pela marca e queira comprar o produto, gerando uma grande demanda.

Eles utilizam a tecnologia da informação para realizar suas vendas e para auxiliar na comunicação, mas são apenas ferramentas, o seu grande diferencial não está aí.

Ok. Mas então não há Governança da Inovação em empresas de TI?

Pelo contrário, são essas empresas que possuem o maior potencial (ressalto, maior potencial, não necessariamente obrigação) em aplicarem a Governança da Inovação e serem altamente inovadoras.

No entanto, assim como qualquer outra empresa, é preciso encontrar um modelo que se adapte a sua realidade, e seguir todos os passos que já elencamos em outro artigo, para conseguir implementar a Governança da Inovação.

Um ponto que vale destacar é que, simplesmente colocar um vídeo game em uma sala não fará com que essa empresa se torne inovadora. A inovação precisa partir de processos. É preciso sim incentivar a criatividade, mas simplesmente se tornar um play groud não a fará ser altamente inovadora.

Dessa forma, para empresas de TI implementarem a Governança da Inovação elas devem ter seus processos mapeados (não significa engessados), ter objetivos de curto e longo prazo, ter uma equipe alinhada à cultura da empresa, ter incentivos ao pensamento criativo e ter potencial de investimento financeiro.

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Autora: Tamiris Dinkowski
Consultora em Inovação Corporativa na Semente Negócios